segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Aluno de Canindé classificado em olimpíada

O aluno participa da Olimpíada de Língua Portuguesa
O aluno Luis Wanderson Pires Abreu, do 8º ano da Escola de Ensino Fundamental Coronel Adauto Bezerra, está classificado para a etapa estadual da Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro.
Seu texto de Memórias Literárias, que tem como título “Lembranças de um tempo que nunca esqueci”, foi um dos encaminhados pela Comissão Municipal para ser avaliado por uma Comissão da Olimpíada e depois escolhido para participar da próxima fase, juntamente com textos de 51 alunos de outros municípios cearenses.
Luis Wanderson Pires Abreu participa da Olimpíada sob orientação da professora Maria Antonieta Lima Oliveira e das coordenadoras da Escola Adauto Bezerra, Maria das Graças Viana, Cármem Jayra Colares e Kátia Freitas, com total apoio do secretário Linderval Moura e do Prefeito Cláudio Pessoa.
A Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro é realizada pelo Ministério da Educação, em parceira com a Fundação Itaú Social e o Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (CENPEC), e tem como objetivo contribuir para a melhoria da qualidade de ensino e para o aperfeiçoamento da escrita dos alunos das 4ª e 5ª séries do Ensino Fundamental (5º e 6º anos do Ensino Básico de 9 anos), das 7ª e 8ª séries do Ensino Fundamental (8º e 9º anos do Ensino Básico de 9 anos) e 2º e 3º anos do Ensino Médio.
Os gêneros literários inscritos e avaliados foram Poema, Memórias Literárias, Crônica e Artigo de Opinião.
(Clara Maria Moura Da/Assessoria de comunicação)

Opinião: Franciscano que discrimina não imita São Francisco

Por Wanderley Pereira – Jornalista
Ainda repercute o incidente provocado pelo celebrante da missa das 16 horas do último dia 16, em Canindé, com o senador Tasso Jereissati e o candidato a presidente, José Serra. Eles participavam do ato religioso com uma comitiva, quando foram insultados pelo celebrante e exortados a se retirar do ambiente coalhado de manifestantes do PT e MST. O fato em si prova o envolvimento político-partidário do santuário de São Francisco, contrariando a tradição e desvirtuando a mensagem do santo a favor do amor, do perdão e em oposição ao ódio.
Já examinamos em artigo anterior o aspecto anticristão e antifranciscano desse episódio de Canindé. E passamos a examinar agora um outro lado do mesmo espetáculo lamentável, que se seguiu ao provocado antes pelo celebrante. Como se tudo isso não bastasse, o pároco de Canindé, também franciscano, frei João Amilton, referiu-se em entrevista na rádio São Francisco á reação do senador Tasso à atitude grosseira e partidária do celebrante, sugerindo que o celebrante fora ameaçado por “um rico”. O rico, é claro, era o senador cearense, romeiro desde criança.
A ideia de luta de classes não é do Cristianismo. Jesus não acirrou o ódio entre as pessoas. Pregou e exemplificou as mudanças da sociedade pelo amor, pela solidariedade, pela partilha do pão como exemplificou na Santa Ceia, quando disse: “Fazei isto em minha memória”. Ele não se referia, como apregoam alguns cultos, à repetição de simples atos religiosos, à celebração de cultos exteriores. Partir o pão simbolizava, naquele encontro, a prática da caridade, da compaixão, da doação entre os homens.
Ele escolheu para o seu ministério humildes pescadores. Mas não dispensou também o concurso de publicanos como Mateus, coletor de impostos em Cafarnaum. Mandou que se convidassem os coxos e estropiados quando se desse um banquete. Mas não se recusou a participar do banquete na casa de Simão, o fariseu. Acolheu no seu grupo mulheres pobres e pecadoras, mas não dispensou também o concurso de Joana, a mulher de Cuza, funcionário de Herodes. Contra protestos de alguns seguidores, hospedou-se na casa de Zaqueu, chefe dos publicanos em Jericó, nem recusou um encontro com Nicodemus, o grande do Sinédrio, em Jerusalém.
Esta é a mensagem dos Evangelhos que precisa ser não apenas pregada, mas imitada e exemplificada. Pregar a divisão, a dissidência, o ressentimento e o ódio, é imitar Hitler, Lênin, Stalin, Pol Pot, Sadam Houssein, Ahmadinejad e outros fundamentalistas cruéis – e não o Cristo, que jamais jogou uns contra os outros, nem fechou o céu para ninguém. Não valem as teologias que veem no Cristo paixões e defeitos dos homens comuns, que levam suas ideologias para dentro das religiões. Mas como valem as que descobrem as virtudes em homens espiritualizados como Francisco de Assis, patrono dos franciscanos a quem devem imitar.

Dilma, a 1ª presidente do Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conquistou ontem a terceira vitória consecutiva em uma eleição presidencial. A maioria dos eleitores atendeu ao seu chamado de votar na sua ex-ministra da Casa Civil Dilma Rousseff, tornando-a a primeira mulher presidente do Brasil. Desconhecida de grande parte dos brasileiros até este ano, Dilma chega aos 62 anos à Presidência sem ter disputado eleição antes, derrotando José Serra, de 68, que foi senador, prefeito e governador de São Paulo, entre outros cargos.
A candidata do PT obteve 56% dos votos válidos, e o do PSDB, 44%. De um total de 99 milhões de votos válidos, a diferença foi de 12 milhões: 55,7 milhões para Dilma e 43,7 milhões para Serra. Apesar do feriado prolongado, a abstenção ficou dentro do padrão histórico: 21,5%. Assim como no primeiro turno, o Nordeste foi decisivo na vitória petista. Dilma teve na região 10,7 milhões de votos a mais do que Serra, ou 71% a 29%. Como ocorrera no primeiro turno, Serra voltou a vencer no Sul, por 54% a 46%. O candidato tucano ainda virou no Centro-Oeste, onde perdera no dia 3 de outubro, vencendo ontem por 51% a 49%. Serra cresceu mais do que Dilma no Sudeste, mas não o suficiente para superá-la: ela ganhou por 52% a 48%. No Norte, ocorreu o mesmo, e o resultado foi 57% a 43%.
Em pronunciamento às 22 horas, Dilma ressaltou a importância de sua eleição para as mulheres e prometeu erradicar a miséria e zelar pela liberdade de imprensa. "Não haverá compromisso com o erro, o desvio e o malfeito", assegurou, em referência indireta aos escândalos de corrupção que atormentaram o governo Lula e a sua campanha. Serra fez discurso em seguida, em que cumprimentou Dilma pela vitória e agradeceu pelos votos: "Recebemos com respeito e humildade a voz do povo nas urnas."