O prefeito de Canindé, Cláudio Pessoa nega que esteja com o salário do funcionalismo em atraso, e afirma que a sua administração é séria: “em negócio de enrolada, estou fora”. Ele atribui a interesses contrariados, do sindicato e da Cut, o pedido do seu impeachment.
O Prefeito explicou que quando assumiu, pegou a prefeitura com dívidas e que, aos poucos foi colocando tudo em dia. Então, o “Sindicato está se utilizando de coisa antiga, para enganar a população a assinar o pedido do meu afastamento. Quanto a isso, estou tranqüilo. Tudo começou porque eles queriam empregar 10 pessoas e eu não aceitei.”
Sobre a confusão ocorrida na manha de hoje, na Câmara, Cláudio Pessoa foi taxativo: “Eu mando na minha prefeitura, na Câmara não mando, não. Só estive lá no dia da minha posse e não estou apoiando ninguém, embora simpatize com a chapa do Toninho do Gordinho.
O que houve lá foi um ato de vandalismo contra o patrimônio e os vereadores da base levaram peia”.
O coordenador do MST na região, Josenildo Miguel, disse que o Sindicato dos Servidores, deu entrada na câmara, de um abaixo-assinado, com mais de 5.0000 assinaturas pedindo o afastamento do prefeito, por estar com dois meses de atraso no pagamento de parte dos servidores e denunciam também desvio de recursos públicos. Segundo, Josenildo, era para o pedido ter sido votado hoje.
Temendo uma manobra para absolver o prefeito, manifestantes invadiram à câmara, na mesma sessão que também escolheria a nova mesa diretora, e o que houve foi um clima de guerra, com pedradas, palavrões e quebra-quebra.
Tumulto e quebra-quebra na câmara de Canindé
De acordo com Josenildo, tinha mais de 2.000 manifestantes e houve muita tensão. A polícia foi acionada para conter os ânimos exaltados. Todo efetivo do 4ºBPM foi acionado para dispersar o pessoal. Puxados pelo Sindicato dos Servidores Municipais eles destruíram a porta de vidro do plenário e danificaram os móveis.
Os estilhaços afetaram algumas pessoas, que também levaram pedradas. Outro motivo do vandalismo foi a determinação da Justiça de empossar o presidente da Câmara Municipal, aliado do prefeito. Hoje, seria eleita a nova Mesa Diretora. São 10 vereadores.
O atual presidente, Robson Saraiva, disputava a reeleição contra a chapa do Toninho Gordinho, que tem a simpatia do Prefeito. Robson contava com os votos de Ximenes Filho, Chico Justa, Panta, Alexandre Anastácio, Zeleide Araújo.
Acontece, que Alexandre Anastácio havia tirado licença até o dia 6 de dezembro, e o primeiro suplente, o Antônio Cabloco, não vota com Robson. O suplente entrou com um mandado de segurança, que foi aceito pelo juiz da 1ª Vara, Antônio Josimar Almeida Alves, para permanecer até o dia final da licença.
Com a posse do substituto, os vereadores da situação saíram do plenário e a sessão foi iniciada com os cinco vereadores da base do prefeito: Toninho, Germano, Heitor, Antônio e Mariinha. Pronto, a partir daí, os manifestantes não deixaram a sessão prosseguir. Segundo Josenildo, uma nova sessão vai ocorrer na próxima sexta-feira.
Nesta sexta -feira, 3, manifestantes do MST, Sindicato dos Servidores Públicos e Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Canindé invadiram e depredaram a Câmara Municipal da cidade, agora a pouco. São poucas as informações, mas as que temos dão conta de que 9 dos 10 vereadores não compareceram à votação da mesa diretora que seria hoje. Revoltados, os manifestantes resolveram invadir a plenária e provocar um quebra quebra no local.
